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terça-feira, 15 de novembro de 2011

COMO PERCEBES A REALIDADE?NESSA IMAGEM VOCÊ VÊ A VELHA, A MOÇA? OU AS DUAS?


TEXTO PRODUZIDO A PARTIR DA ANÁLISE DA IMAGEM A VELHA OU A MOÇA(Profª Milts)

COMO PERCEBO A REALIDAde?

Pode-se perceber a realidade, observando, analisando, refletindo. A ação de refletir muito antes de se tirar uma conclusão é fundamental para evitar erro de interpretação, pois nem sempre a realidade é o que se consegue visualizar no primeiro momento. Em algumas vezes ela pode ser mais simples ou mais complicada depende muito da maneira que se olha para as coisas, isso é quando se permite olhar.

John Locke (1632-1704), filósofo do século XVII, acreditava também na existência de duas realidades: uma delas conferida pela percepção dos objetos e denominada experiência exterior e uma outra, determinada pela percepção dos sentimentos e desejos, a que chamou de experiência interior. A doutrina de Locke foi muito bem desenvolvida por Berkeley (1685-1753) e por David Hume (1711-1776), os quais concluíram que nenhum conhecimento absoluto é possível, e aquilo que sabemos da realidade é baseado na experiência subjetiva (experiência interior), a qual não reflete necessariamente o quadro verdadeiro do mundo. Wilian James (1842-1910), no século passado, enfatizou a natureza altamente pessoal dos processos de pensamento e o caráter sempre mutável das percepções do mundo, alteradas que são pelo estado subjetivo da pessoa que percebe.


É preciso atentar-se porque nem sempre uma coisa ou fato é o mesmo para todos, tudo depende da visão e experiência de cada um, dos recursos linguísticos de cada pessoa. Portanto para não se entrar em conflito devemos trabalhar o nosso olhar para que fique mais sensível, sendo assim, pode -se valorizar as próprias ideias e opiniões, sem anular a dos outros que também são válidas.

Isso tudo nos leva a crer que as coisas, embora tenham todas um mesmo significado (objetivo), terão significações pessoais muito diferentes entre as diferentes pessoas. Uma barra de ouro, por exemplo, terá um valor universalmente reconhecido (objetivo) chamado, neste caso, de cotação do ouro. Entretanto, e não obstante, terá também um valor muito pessoal à cada pessoa que venha a possuí-la, dependendo da necessidade de cada um, do apego material ou não ao ouro, da vocação ou não em juntar posses, etc. Terá ainda um valor até em não possuí-la, ou seja, um valor independente da existência ou não do objeto (se eu tivesse uma barra de ouro...). Enfim, vivemos de acordo com nossa realidade pessoal, de acordo com nossa maneira de ver o mundo.


Portanto, já que a concepção da realidade é baseada na experiência subjetiva e, sendo esta capaz de conferir uma natureza altamente pessoal à percepção do mundo e aos pensamentos, então a realidade percebida decorrerá sempre do estado subjetivo do indivíduo. Cada consciência, em particular, integra e totaliza de maneira muito peculiar o seu relacionamento com o mundo. Desta forma, os fatos oferecidos pelo mundo à nossa volta resultarão numa representação única e individual para cada um de nós, e será esta representação que constituirá a realidade particular de cada indivíduo.


Ballone GJ - A Realidade do Outro

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